A Espírito Santo Financial Group, que detém 20,1% do BES (Banco Espírito Santo), pediu recuperação judicial aos tribunais do Luxemburgo, país onde está sediada. A Rioforte e a Espírito Santo International, empresas do Grupo Espírito Santo, também já tinham pedido a recuperação judicial.
Na informação enviada à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o grupo informou que “o pedido de gestão controlada (‘gestion contrôlée’) da empresa” deve-se ao fato de esta “não estar em condições de cumprir as suas obrigações no âmbito do programa do papel comercial, nem as obrigações relacionadas com a sua dívida”.
“A recuperação judicial é possível em situações em que existem perspectivas para os negócios da empresa que se encontra temporariamente em dificuldades e seja incapaz de cumprir as suas obrigações, de modo a permitir a sua reestruturação. Este procedimento deverá facilitar uma alienação dos seus ativos servindo melhor os interesses de todos os credores”, sublinha o comunicado na página do regulador de mercado nacional.
“A partir do momento da indicação do Juízo até a sua decisão todos os procedimentos ou atos, mesmo os iniciados por credores privilegiados (incluindo credores com garantias e penhoras) são suspensos”, acrescenta a holding, maior acionista do Banco Espírito Santo, com 20,1% do capital. No entanto, desta posição cerca de 20% está sujeita a um compromisso que impede a venda, relacionado com a emissão de obrigações permutáveis em novembro de 2013. Tal participação de 20,0% “tem de ser mantida”.