Jaraguá tem recuperação judicial aprovada

Jaraguá tem recuperação judicial aprovada

Na tentativa de contornar a crise financeira, o grupo Jaraguá teve aprovado o pedido de recuperação judicial pela 7ª Vara Cível de Sorocaba. As empresas Garcia Participações, Jaraguá Equipamentos Industriais, Jaraguá Equipamentos Industriais do Nordeste e Jaraguá Engenharia e Instalações Industriais passam a ser administradas por Fernando Borges Administração, Participação e Desenvolvimento de Negócios. A decisão, de 15 de julho, é do juiz José Elias Themer.

No pedido de recuperação judicial, o grupo argumentou que “sofreu com aumento da concorrência e invasão das empresas chinesas, o que reduziu muito as margens de lucro, agravada pela crise econômica mundial iniciada em 2008, provocando o aumento do endividamento para renovar as operações bancárias”. Conforme determina a Lei de Falência, haverá prazo de 60 dias para a apresentação do plano de recuperação.

O grupo enfrenta problemas financeiros, com dívidas de cerca de R$ 500 milhões, e entrou com o pedido na Justiça em meados de junho. A recuperação judicial permite uma restruturação mediante a dificuldade em pagar dívidas, com maior prazo, a fim de evitar a falência. A reportagem entrou em contato ontem, por telefone, com a Jaraguá (unidade industrial de Sorocaba), mas a resposta dada por um funcionário é que nenhum representante poderia falar a respeito da decisão judicial nem da crise na empresa.

Em Sorocaba, a Jaraguá Equipamentos Industriais emprega 500 trabalhadores. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), a empresa não deposita o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) há mais de um ano. O SMetal ingressou no dia 14 de julho com uma ação contra o atraso nos depósitos do FGTS, na 4ª Vara do Trabalho de Sorocaba. A ação pede antecipação de tutela, para que sejam normalizados os pagamentos do FGTS antes do julgamento final.

A Jaraguá foi citada em reportagem da revista Época, em abril, sobre um suposto esquema de pagamento de propina relacionado a contratos feitos com a Petrobras. Outra reportagem, do jornal Valor Econômico, tratou de dificuldades no setor de óleo e gás que resultou numa pequena margem de lucro.

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