Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Simisa

Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Simisa

SÃO PAULO – A juíza Mayra Callegari Gomes de Almeida, da 2ª Vara Cível de Sertãozinho (SP), aceitou o pedido de recuperação judicial da produtora de equipamentos para usinas de cana-de-açúcar da Simisa Simioni. A empresa, fundada há cerca de 50 anos, requereu proteção da justiça contra credores no dia 18 de novembro, após uma série de pedidos de execução e um de falência terem sido feitos por credores.

Na petição inicial, a Simisa informa uma dívida próxima de R$ 130 milhões e um faturamento de R$ 220 milhões. Além de estar sendo penalizada pela própria crise do setor sucroalcooleiro, para o qual vende equipamentos, a Simisa também informa que teve perdas oriundas de uma relação comercial com o braço de bioenergia da petroleira BP.

Conforme a Simisa, a companhia britânica assinou um contrato de fornecimento de equipamentos para a ampliação da usina Tropical, em Edeia (GO), e, depois de fechado o negócio, passou a fazer exigências que oneraram a Simisa em mais de R$ 35 milhões, e aos fornecedores da Simisa em mais de R$ 3 milhões. Procurada, a BP afirmou que não comenta a situação financeira de outras empresas.

A fabricante de equipamentos também menciona que vinha tendo dificuldades para honrar todos os seus compromissos, ainda que tenha até vendido a participação de 50% que tinha na produtora de equipamentos para cogeração por R$ 25 milhões e tenha alongado alguns de seus débitos de curto prazo.

A situação apertada de caixa, conforme a empresa, piorou quando um de seus principais clientes, a Usina São Fernando, também em recuperação judicial, deixou de pagar cerca de R$ 5 milhões à Simisa em agosto deste ano. “A falta desse pagamento comprometeu diretamente os mais importantes compromissos da empresa, como o pagamento da sua folha salarial”, afirmou a Simisa na petição inicial.

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