A Justiça concedeu recuperação judicial à empresa Pioneira da Costa, de Porto Belo, uma das indústrias pesqueiras mais conhecidas do Estado. O pedido foi deferido pela juíza Manoelle Brasil Soldatti, da 1ª Vara Cível de Porto Belo, no dia 15 de maio.
A dívida da Pioneira é de R$ 34 milhões.
A empresa é a segunda grande pesqueira da região a entrar em processo de recuperação judicial, um instrumento legal para que possa negociar as dívidas e evitar a falência. No início do mês a Leardini Pescados, de Navegantes, já havia sido autorizada a iniciar recuperação judicial para pagar uma dívida que ultrapassa R$ 121 milhões.
A decisão da Justiça determina que a empresa apresente em 60 dias o plano detalhando como pretende se recuperar. Durante o período precisa entregar demonstrativos periódicos, mas fica livre de possíveis cortes de energia elétrica, água e telefone por falta de pagamento em meses anteriores.
Também está isenta de perder bens por dívidas com os bancos, e outras ações movidas contra a empresa ficam suspensas por 180 dias.
A Pioneira tem hoje 400 empregados em Porto Belo e exporta para países do Mercosul, Europa, Ásia, África e América do Norte. O grupo mantém ainda negócios no ramo imobiliário – que, de acordo com a defesa da empresa, não integram as dívidas.
O que diz a empresa
A crise mundial e o crédito mais caro, aliados à redução de oferta de matéria-prima pelas limitações de captura e à entrada massiva de produtos importados a baixo preço são, de acordo com a defesa da Pioneira da Costa, as razões que levaram a empresa a pedir recuperação judicial.
Os credores da pesqueira são principalmente os bancos.
Segundo o escritório Cavallazzi, Andrey, Restanho e Araújo, que representa a empresa, aPioneira está confiante na recuperação e no pagamento das dívidas porque tem patrimônio superior ao débito.
