Por Alexandre Melo e Rodrigo Carro
SÃO PAULO E RIO – (Atualizada às 14h55) A Oi informou, em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que os acordos de confidencialidade com dois grupos de credores para o plano de recuperação judicial da companhia, que acumula uma dívida de R$ 64 bilhões, foram extintos e que as discussões sobre os termos de reestruturação da dívida da operadora vão prosseguir informalmente com os representantes.
Os acordos referem-se às tratativas com o Comitê Internacional de Detentores de Bônus (IBC, na sigla em inglês) e o Ad Hoc (AHC). Segundo a Oi, esses grupos apresentaram uma proposta alternativa, mas a empresa não fez uma contraproposta até então.
Nesta semana as partes deverão reunir-se novamente para discutir os termos do acordo. A companhia informou ainda que “não há como garantir que negociações continuarão ou que, caso continuem, resultarão em um acordo com relação aos termos da potencial operação”.
A nota à CVM é assinada pelo diretor financeiro e relações com investidores da Oi, Carlos Augusto Brandão.
No documento, a companhia informou também que os pagamentos fechados dentro do programa de acordo com credores deverão resultar numa saída de R$ 211 milhões do caixa da empresa. A previsão foi mencionada verbalmente em reuniões com os detentores de títulos assessorados pelo banco Moelis e pela consultoria G5 / Evercore.
Com inscrições encerradas em 19 de outubro, o plano de acordo com credores permite o pagamento de dívidas até o teto de R$ 50 mil.
A Oi revelou ainda ter informado aos “bondholders” que o plano de negócios assume como “caixa mínimo exigido pela companhia para operar no curso normal” um saldo de R$ 4 bilhões. Mas a operadora poderá estar apta a sustentar sua operação com o mínimo de aproximadamente R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões de caixa, de tempos em tempos, acrescentou a Oi no documento.
Fonte: Valor Econômico